Sou mãe da Julia e da Marina, minhas fontes de inspiração para me tornar uma mãe melhor a cada dia, mais paciente e mais amorosa.
Quando a Julia nasceu, eu era uma mãe despreparada, emocionalmente imatura. Seu choro me incomodava e as birras me tiravam do sério. Eu vivia impaciente, irritada e cansada. Não sabia como agir e cada vez mais me sentia frustrada. Nesta época, eu trabalhava como anestesiologista pediátrica. Nem a experiência de atender crianças, nem a faculdade de medicina, que cursei na UNIFESP-SP, me preparou para lidar com os desafios dos comportamentos infantis.
Na pandemia, parei de trabalhar e me dediquei exclusivamente a elas. Percebi que, para não surtar, precisava entender como me comunicar melhor com elas e ter um ambiente mais leve, mais colaborativo. Li alguns livros de educação infantil e me apaixonei pelo tema. Especialmente quando via resultados na prática: quando elas me escutavam e colaboravam. A vida ficou mais leve, me tornei uma mãe mais tranquila e sofri na volta ao trabalho. Descobri que ficar com elas e lidar com esses comportamentos já não era mais exaustivo. Queria passar mais tempo com a minha família e isso não era compatível com a vida de plantões. Foi assim que trilhei o caminho para mudar de profissão, e ajudar outras mães a conquistarem o que eu tinha conquistado.
Fiz a certificação em Educação Parental, primeiro pela Disciplina Positiva (DP), depois pela Escola da Educação Positiva (EEP), Pós-graduação em Neurociências, Desenvolvimento e Educação Infantil (PUCCRS), Certificação em Apego Seguro pelo API, Treinamento em Conexões Familiares pelo NEA-BPD (USA) e me tornei Consultora de mães. Acredito no que a ciência comprova: toda mãe tem um poder para atingir o coração de seus filhos. Esse poder é o Afeto.